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terça-feira, 12 de junho de 2012

Energia eólica: o investimento do século XXI


Foto: Google Imagens

Os dados comprovam: o consumo de energia no Brasil tem aumentado ao longo dos anos, seja pela produção industrial impulsionada pelo crédito fácil, seja pelo uso destes produtos comprados pelos brasileiros. Ou as duas razões explicam a elevação no consumo energético. Segundo a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), o Brasil consumiu 5,9% a mais, em comparação ao mesmo período de 2011. Neste caso a indústria foi a maior vilã, engolindo 2,3% do total.

Porém, o investimento em energias renováveis, como a eólica (retirada da força dos ventos), tem aumentado: no ano passado cresceu 88%, comparado a 2010. Só para ter uma ideia, a média mundial de investimento neste setor tem ficado em 18,3%, no entanto no Brasil este dado é de 19,5%, consolidando-se como o 21º maior produtor mundial.

Nós brasileiros dispomos de uma abrangente e produtiva área eólica. Como na ilustração ao lado, o litoral nordeste e sul concentram a maior velocidade de vento e, portanto, são as áreas mais propícias a receber investimento na produção de energia eólica. De acordo com a EPE, o potencial eólico em nosso país é de 150 mil MW, o equivalente a dez usinas hidrelétricas de Itaipu e 13 usinas como a que está sendo construída em Belo Monte, no Pará.

Mudar a matriz energética de uma nação não é uma tarefa simples, nem rápida. Alternativas existem, uma vez que os recursos hídricos são sabidamente escassos. Entretanto usinas termelétricas ou nucleares são vistas com maus olhos pela maioria. A termelétrica, por exemplo, tem recebido duras críticas por ser poluente ao ar, além de ter como combustível o carvão, um mineral também escasso. Já a nuclear tem sido muito temida pela população mundial devido ao perigo que representa. Exemplos disso foram os acidentes de Chernobyl (Ucrânia - 1986) e Fukushima (Japão - 2011), matando milhares de pessoas, além de prejudicar por tempo indeterminado o ecossistema das regiões onde foram instaladas.

Estados como o Ceará já abrigam indústrias fabricantes de torres que captam o vento, transformando-os em energia limpa. O investimento para implantar apenas uma fábrica foi de R$150 milhões, custeados por multinacionais. Aqui em Santa Catarina, as cidades de Bom Jardim da Serra, no sul, e Água Doce, no meio oeste do estado, já abrigam pequenas usinas eólicas, que produzem mais de 200 MW.  O número ainda é pequeno, mas é um começo.

Além da Rio+20, que começa nesta quarta-feira e segue até dia 22 de junho, o Brasil também vai sediar, em agosto, a “Brazil Windpower 2012”, 3ª Conferência de Feira e Negócios, promovida pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEeólica), ambos encontros acontecem no Rio de Janeiro. São momentos importantes para definir estratégias, fomentando uma nova cadeia de produção energética, uma vez que o consumo tende a aumentar. O maior desafio deste século é, sem dúvida, equilibrar produção/consumo e sustentabilidade.




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