Foto: Divulgação |
Um modelo de medição de clima brasileiro está em fase de testes no interior de São Paulo. Desenvolvido por pesquisadores do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a tecnologia deve prever o tempo com mais precisão.
Os modelos de medição são um conjunto de equações matemáticas formuladas a partir de diversos estudos sobre florestas, oceanos, atmosfera e tudo que afeta o clima. Todos os dados são colocados em supercomputadores que geram previsões. A novidade é que o novo modelo deve ser mais eficiente no Hemisfério Sul.
Isso acontece porque o protótipo leva em consideração diversos aspectos importantes, como informações dos países tropicais e a influência da Amazônia no clima. Através dele também será mais fácil estudar quais alterações climáticas o país pode sofrer nas próximas décadas.
“Os modelos que existem são todos construídos em países de latitudes temperadas. O tipo de fenômeno que afeta aquele país é diverso daqueles que afetam o Brasil”, afirmou o meteorologista do INPE e professor Paulo Nobre, em entrevista ao Jornal da Globo. O aparelho está em Cachoeira Paulista, em São Paulo, e já fez algumas simulações.
Um das questões em análise refere-se ao desmatamento. De acordo com os modelos utilizados até então, se toda a floresta amazônica acabasse, as chuvas diminuiriam em 20% na região. Já o modelo brasileiro afirmar que seria o dobro dessa porcentagem.
As consequências de uma situação extrema como essa afetariam todo o continente. “Quando nós melhoramos o conhecimento entre a floresta amazônica e o Oceano Atlântico, nós conseguimos que os demais modelos do planeta também se melhorem e melhorem a previsão global de todas as partes”, diz o meteorologista.
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