TV sensível ao toque. Foto: Leandro Schmitz |
Uso de cenário virtual. Foto: Leandro Schmitz |
Entrada da Feira. Foto: Leandro Schmitz |
Equipamento MAC de edição não linear. Foto: Leandro Schmitz |
Maior evento setorial da América Latina, a feira Broadcast & Cable 2011, trouxe em três dias muitas novidades interativas.
Cerca de 10 mil visitantes de todo o país e 180 expositores terminam, nesta quinta, a Feira SET Broadcast & Cable 2011, que neste ano aconteceu no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. Quando as portas abriram, ao meio dia de terça-feira, expositores das Américas, Europa e Ásia já esperavam o público com suas novidades. Entre elas, a Feira trouxe a interatividade com redes sociais e equipamentos eletrônicos, tudo na ponta dos dedos. Um dos expositores mostrou uma TV de 45”, ligada à internet e com a possibilidade de escrever na tela sensível ao toque. O produto vendido, destinado principalmente às emissoras de televisão, é composto pelo aparelho de TV e o software que permite a interação com o usuário. O investimento é de cerca de R$ 50mil e emissoras como a Rede Globo já implantaram esta novidade em programas como “Fantástico” e “Globo Esporte”.
Quem passou pelo Cento de Exposições também conferiu os produtos e serviços de várias empresas como Sony, Panasonic, Hitachi e Fuji Film. Outros destaques da Feira ficaram por conta da diversidade de softwares para edição não linear em televisão. Recursos como a tecnologia 3D foram exemplificados em alguns estandes, usando fundo infinito, cenários imaginários e aquela sensação de os elementos saírem da tela. Tudo isso feito na hora, ao vivo, para todos os visitantes observarem.
A feira também serviu como troca de experiências e novidades nos setores de televisão e rádio, como aparelhos para transmissão digital. “Neste ano trouxemos muitos expositores estrangeiros, porque os olhos estão voltados ao Brasil”, explica a diretora da Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET), Liliana Nakonechnyj. Só da Inglaterra, foram 25 empresas expositoras. O interesse é pelo fato de o país ser a futura sede da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. Para isso, já estão sendo testadas diversas formas de transmissão, como a “Telepresença”, uma variação da imagem holográfica, apresentando a pessoa em tamanho real e o armazenamento do conteúdo televisivo na “nuvem”, algo já feito com arquivos de computadores pessoais.
Empresário de uma fábrica de produtos para emissoras de rádio, Rogério Correa afirma que esta é a quarta vez que seus produtos estão expostos durante a Broadcast & Cable: “Este é um momento bom para nós, fazemos muitas parcerias pelo país”. Se é bom para os empresários, a visita aos estandes também é positiva para os visitantes. É o caso do engenheiro em telecomunicações, Jefferson Wehmuth. “No ano passado queria vir, mas não consegui. Neste ano não perdi. Saio daqui com bons negócios em vista”, avalia.
A Broadcast & Cable é uma feira anual e está na 20ª edição. É promovida e organizada pela Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão e Telecomunicações. Segundo os organizadores, durante os três dias de evento, a Feira incrementa em até 30% o volume de negócios para quem expõe.
Congresso SET debate a digitalização da TV e rádio brasileiros
Paralelo à Feira Broadcast & Cable, o Congresso de Tecnologia de Televisão ainda traz nesta quinta-feira diversos workshops e palestras sobre o futuro da TV e rádio digital no Brasil. O sistema de transmissão e recepção em 3D e o conteúdo para TV por assinatura também não foram esquecidos. Para a presidente da SET, Liliana Nakonechnyj, a ampliação da TV Digital no Brasil é um dos maiores desafios: “O sistema analógico levou quase quatro décadas para expandir. Já o digital precisa alcançar o mesmo feito em apenas alguns anos”. Garantir a boa recepção fixa e móvel é a meta para governo e empresas. No mundo todo, estima-se que até 2015, mais de 20 bilhões de dispositivos móveis (smartphones, Ipod’s, tablets, etc) e fixos (TV) estejam recebendo sinal digital com qualidade.
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