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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Dicas de Português para seu feriadão


Em que casos escrevo senão e se não? Perco muitos pontos nas provas porque costumo chutar, mas, como não sou Pelé, a bola bate na trave. Quero acertar na rede. Como?
Senão ou se não? O som é o mesmo. Mas a grafia varia. Ora aparece em uma só palavra. Ora, em duas. Escolher entre uma e outra é uma baita dor de cabeça. Basta um cochilo pra que as bolas sejam trocadas. E daí? Dê uma estudadinha no assunto. No fim, você terá uma certeza. O tema não é tão difícil quanto parece.
Use se não quando:

a. puder substituí-lo por caso não: Se não chover (caso não), vamos viajar de carro. Levará falta se não (caso não) for à aula. A declaração deve dizer tudo. Se não (caso não), precisa ser revista.
b. equivaler a quando não: Pareciam amigos, se não (quando não) bons companheiros. O desafio é, se não (quando não) de solução impossível, pelo menos muito difícil. Se lhe convém, leva o trabalho a sério, se não (quando não), leva-o na brincadeira. A empresa vai demitir quatro empregados, se não (quando não) cinco.
c. for conjunção integrante. Aí, é moleza. Ninguém erra: O pai quer saber se não é melhor o filho estudar de manhã. Ele perguntou se não era possível adiar a votação do projeto. Lia se questionou se não era preferível viajar de carro.

Use senão nos demais casos: Nada lhe restava senão (a não ser) a aposentadoria. O deputado não é senão (mais do que) um representante do povo. Não fazia nada senão (a não ser) chorar. Isto não compete à Câmara Legislativa, senão (mas) ao governador. Não há beleza sem senão (defeito).

Há uma propaganda que afirma que determinada empresa tem "respeito pela natureza". É correto?
Olha a regência outra vez. O assunto é difícil. Por isso, existem dicionários especializados em dizer que preposição usar em cada contexto. O de Francisco Fernandes dá nota 10 ao exemplo que você apresenta. Eis outros citados por ele: Tive sempre grande respeito pelos velhos. Volta a jogar sem respeito pelas leis do país. Esqueceu-se do fingido respeito que em toda parte mostrava pela rainha.

EU QUERIA OU EU QUERERIA?

Pretérito Imperfeito do Indicativo                            Futuro do Pretérito
Eu queria                                                                     Eu quereria
Tu querias                                                                     Tu quererias  
Ele queria                                                                      Ele quereria
Nós queríamos                                                              Nós quereríamos
Vós queríeis                                                                  Vós quereríeis
Eles queriam                                                                Eles quereriam

Assim como quereria,  a maioria dos professores também  vacila na tabuada de dois: duas vezes um e não dois vezes um.

Atente para: Devagarzinho chegaremos lá. Bem-vindo. Meio nervosa. Jantar insosso. Houve problemas.

Muita atenção ao pronunciar as seguintes palavras: ru-im (hiato), gra-tui-to (ditongo), in-tui-to (ditongo), cir-cui-to (ditongo), ru-bri-ca (paroxítona), sub-sí-dio (s soa como ss),  ex-tra (ê fechado), seja, haja vista, meio-dia e meia, no-bel (oxítona - nô fechado), re-cor-de (paroxítona), e (letra é ), o (letra ó), mo-lho de carne (mô fechado), mo-lho de chaves (mó aberto), es-pe-lha (ê fechado), pân-ta-no (proparóxitona), ín-te-rim (proparóxitona), têx-til (paroxítona).


EMPREGO DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS: ESTE – ESSE – AQUELE

Os demonstrativos ESTE, ESSE e AQUELE (e suas variações) são empregados em três circunstâncias.
Em relação ao espaço:
ESTE – perto da pessoa que fala.
Este bilhete que tenho em mãos será bem redigido.
ESSE – próximo da pessoa com quem se fala.
Empresta-me esse livro que tens sob o braço.
AQUELE – longe da qual fala e da com quem se fala.
Conheces aquele homem que vem chegando?
Em relação ao tempo:
ESTE – tempo atual, presente.
Este momento jamais será esquecido.
ESSE – passado (normalmente próximo).
Ontem, estive em casa de um amigo e NESSA oportunidade disse-lhe da minha satisfação em revê-lo.
AQUELE – tempo mais afastado.
Antigamente, as coisas eram mais fáceis. Poucos pensariam, NAQUELA época, que a nossa vida seria hoje tão difícil.
Em relação ao discurso (texto):
ESTE refere-se ao termo mais próximo e AQUELE ao mais afastado.
A moça aproximou-se do rapaz; ESTE ficou surpreso; AQUELA, ao contrário, manifestou seu contentamento.
ESTE indica uma ideia que vamos mencionar; ESSE refere-se a uma ideia referida.
ESTE caso que vou relatar nada tem a ver com ESSE de que falei há pouco.
USO NA CORRESPONDÊNCIA

ESTE – perto do remetente.
ESSE – perto do destinatário.
AQUELE – longe dos dois.

Nota:
Os demonstrativos têm a seguinte relação com os advérbios:
ESTE – ESTA – ISTO  =  AQUI
ESSE – ESSA – ISSO  =  AÍ
AQUELE – AQUELA – AQUILO  =  LÁ

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