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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Para mobilizar, ONG tenta deixar o hábito menos caro

Reportagem publicada no Jornal A Notícia desta segunda-feira, 23/05/2011.


O bairro Comasa também é sede de uma iniciativa que reúne 19 voluntários em torno da causa ambiental. O projeto mais ousado da ONG Impacto Social tem a ver com coleta seletiva. Um levantamento informal feito pela entidade indicou os principais motivos para a pouca adesão na coleta seletiva e todos esbarram, de alguma forma, em estrutura. Um deles é a falta de cobertura pelo caminhão da empresa Ambiental, responsável por receber os resíduos. Em seguida, vem a obrigação de higienizar os materiais recicláveis e, na maioria dos casos, a falta de espaço adequado. Segundo a Ambiental, o atendimento será ampliado, mas, mesmo assim, não será para todos os bairros.

A presidente da ONG, Sandra Regina Sievert, acredita que o último fator pode ser resolvido. A ONG fez parceria com uma empresa de São Paulo e, até o fim do mês, poderá disponibilizar os cestos de 85 litros por apenas R$ 5, para que seja armazenado o lixo reciclável. “Não conseguimos uma empresa de Joinville que nos desse apoio. Mas, em São Paulo, conseguimos o desconto. O cesto custa R$ 35 e a gente vai disponibilizar por R$ 5”, explica Sandra.

O primeiro bairro a ser beneficiado será o Iririú, também na zona Leste. Para conscientizar moradores, o projeto terá o apoio dos agentes comunitárias do bairro. “Elas vão fazer a abordagem e informar como deve ser feita a seleção”, comenta Sandra. Quem morar em outro bairro também pode comprar o cesto para coleta seletiva. Os interessados podem enviar e-mail para sandra@ongimpactosocial.org ou ligar para 3433-2783.

Outra iniciativa da ONG é incentivar a coleta responsável para remédios com data de validade vencida. Postos de coleta serão instalados em farmácias de cada bairro para receber os medicamentos.

O curso de artesanato urbano também serve para mostrar que é possível fazer arte do lixo. Plástico, metal e papel transformam-se em bolsas, artigos de decoração e até utensílio de cozinha. O curso será realizado a cada dois meses em um bairro diferente. E o preço para reaprender a usar estes objetos nada mais é do que um quilo de alimento não-perecível.


Para dar certo
- Envolver a família é fundamental para que todo o lixo seja separado corretamente. A conversa pode ajudar a pessoa ser mais consciente.
- Dois lixos na cozinha bastam para fazer a separação correta – um é para o orgânico e o outro para o reciclável. Aproveite e guarde o material reciclável em casa até o dia em que o caminhão da coleta seletiva passe.
- Antes de colocar as embalagens para a coleta seletiva, lave-as, eliminando os restos de produtos e evitando mau cheiro e insetos.
- Deixe a preguiça de lado e pense no meio ambiente. A separação correta do lixo deixa casa e natureza limpas. Ensinar a criançada a separar é uma boa dica para aprender desde cedo a importância de reciclar.
- Se tiver dúvidas, pergunte. A primeira opção é falar com os vizinhos, depois com os catadores que passam pelo bairro. Se não resolver, acione a Ambiental.
- Para facilitar o trabalho do caminhão da coleta, veja em que dia ele passa e aí, sim, coloque o material na frente de casa.
- Baterias devem ser entregues aos estabelecimentos que as vendem ou à rede de assistência técnica autorizada pelas indústrias.

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