Um estudo feito pela Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) mostrou que, em 2012, cerca de 40% do lixo hospitalar, em suas diversas categorias, foram descartados de maneira incorreta em todo o Brasil. Este estudo é feito anualmente e os números apresentados com relação ao ano passado são alarmantes.
De acordo com este resultado, os grandes centros urbanos concentram a maior parte desta parcela. Ao todo, foram coletadas no ano em questão mais de 244 mil toneladas de lixo hospitalar. Deste total, 37,4% foram para incineração, 21,7% foram enviados a aterros sanitários, 13,3% foram aos lixões, 16,6% foram tratados em autoclaves e 5,2%, em micro-ondas e 5,8% acabaram dispostos em valas sépticas.
Está em vigor no Brasil desde 2004 a resolução 306 da Anvisa, que obriga às instituições de saúde serem responsáveis pela destinação final de todo lixo hospitalar, cuidando para que este material não agrida o meio ambiente e nem ofereça risco à população. Os elementos considerados Grupo A são os infectantes e os do Grupo D são os que já receberam algum tratamento prévio e podem ser descartados normalmente.
Entretanto há subgrupos, como o A4 e o E, que dispensam o tratamento prévio, resultando em materiais perfurocortantes descartados de maneira incorreta, por exemplo. Só no ano passado foram geradas mais de 240 mil toneladas de lixo hospitalar no Brasil e esta quantidade descartada de maneira incorreta acaba virando problema de saúde pública quando há risco de contaminação. É preciso mais fiscalização dos órgãos ambientais em instituições de saúde, de modo a garantir que todo tipo de lixo hospitalar não ofereça riscos, nem ao meio ambiente e muito menos às pessoas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário